quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Quando eu nasci...


Quando eu nasci,
Ficou tudo como estava,
Nem homens cortaram veias,
Nem o sol escureceu,
Nem houve estrelas a mais...
Somente,
Esquecida das dores,
A minha Mãe sorriu e agradeceu...

Quando eu nasci,
Não houve nada de novo
Senão eu.

As nuvens não se espantaram,
Não enlouqueceu ninguém...

P'ra que o dia fosse enorme,
Bastava
Toda a ternura que olhava
Nos olhos de minha Mãe...


Sebastião da Gama





Um comentário:

deep disse...

Muito bonito este poema!